O próximo sábado, 30 de setembro, será marcado pelo 3° Encontro em Alusão ao Dia Nacional do Surdo em Angra dos Reis. Desta vez, a data será comemorada com muitas atividades na Praia do Bonfim, das 8h às 13h. O evento, organizado pela Central de Intérprete de Libras (CIL) de Angra, terá um dia de práticas esportivas com uma gincana visando proporcionar entretenimento e trocas com a comunidade surda e com os ouvintes presentes.
Segundo dados do CadÚnico, em Angra vivem hoje mais de 600 pessoas com deficiência auditiva. De acordo com um levantamento feito pela Central de Intérprete de Libras, em 2022 foram realizados 1.240 atendimentos, e este ano, de janeiro até agosto, já foram feitos 546. A Central de Intérprete de Libras (CIL) de Angra foi criada em 2020, e é mais um órgão da Secretaria de Desenvolvimento Social e Promoção da Cidadania voltado para apoiar e trazer mais acessibilidade e socialização à comunidade surda que vive hoje na cidade.
O Dia do Surdo é uma data importante para conscientização e celebração da comunidade surda e da cultura surda, tão presente na cidade. O Dia do Surdo, no Brasil, foi oficializado em 2008, por meio do decreto de lei nº 11.796. O dia 26 de setembro é a data oficial, escolhida por ser dia da fundação da primeira escola de surdos no país, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), fundado em 1857, na cidade do Rio de Janeiro.
A comunicação com os surdos é feita por meio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A língua não é universal, sendo diferente de um país para outro e muitas vezes de uma cidade para outra, pois sofre variações de acordo com as peculiaridades regionais.
Para Camila Lins, intérprete de Libras da CIL e uma das organizadoras do evento, essa data é um marco para comunidade surda, e é muito importante um encontro como esse em Angra, que tem buscado a cada dia formas de ser mais inclusiva.
- Um evento dedicado ao Dia do Surdo pode ajudar a sensibilizar a comunidade em geral sobre as questões enfrentadas pelas pessoas surdas, como a discriminação, a acessibilidade e as barreiras de comunicação. Isso promove a compreensão e empatia, combatendo estereótipos e preconceitos que infelizmente ainda existem - comentou, a intérprete.