A Prefeitura de Angra dos Reis, por meio da Secretaria de Cultura e Patrimônio, lançou o Chamamento Público nº 01/2025, intitulado “Expressões da Terra”, que disponibiliza R$ 380 mil em recursos provenientes de saldo remanescente e aplicações da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB).

A iniciativa busca apoiar projetos de artistas e fazedores de cultura locais, ampliando o acesso e fortalecendo a difusão cultural em todos os distritos do município. O edital está dividido em três metas: a Meta 1 destina R$ 160 mil para 10 espetáculos teatrais, incluindo infantis, de rua ou de palco, com duas apresentações obrigatórias, uma no Teatro Municipal Dr. Câmara Torres (ou espaço similar no 1º Distrito) e outra em um distrito diferente, com valor unitário de R$ 16 mil.

A Meta 2, com R$ 130 mil, vai contemplar 10 propostas multiculturais nas áreas de música, dança, jongo, cultura popular e outras expressões, que deverão ocorrer em praças públicas de dois distritos distintos, sendo um obrigatoriamente periférico, com valor unitário de R$ 13 mil.

Já a Meta 3, no valor total de R$ 90 mil, selecionará três feiras culturais, temáticas ou multissetoriais, com a participação mínima de 10 fazedores de cultura residentes em Angra e cadastrados no sistema municipal, também com a obrigatoriedade de serem realizadas em dois distritos diferentes, incluindo um periférico.

O edital reforça ainda o compromisso com ações afirmativas, reservando vagas para pessoas negras e indígenas em todas as metas, totalizando quatro vagas na Meta 1, quatro na Meta 2 e uma na Meta 3.

A secretária de Cultura e Patrimônio, Marlene Ponciano, destaca que o “Expressões da Terra” é um instrumento essencial para promover a descentralização cultural e democratizar o acesso às atividades artísticas.

— Este novo Chamamento Público da Lei Aldir Blanc 2 é um passo fundamental para o nosso compromisso com a descentralização cultural. Precisamos garantir que essas manifestações cheguem a todos os bairros e distritos. A obrigatoriedade de realizar apresentações em locais diferentes, especialmente nas áreas periféricas, garante que tanto o artista quanto o cidadão que reside mais afastado do centro sejam beneficiados – afirmou. Marlene Ponciano.